sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Esquinas



Desnudas, múltiplas, difusas....
tão frias...
indiferentes com os que passam, que entram em casas, em cafés...
tão dura....
mas insistimos em encostar-las...
Esquinas em que encontros são marcados, ocorridos, esperados...
O lugar do acaso, do descaso, da possibilidade...
Lugar onde o vento brinca, curva-se e assobia...
Esquinas cinzentas, velhas, coloridas...
Iluminadas de sol, de velas, de olhos...
embelezadas por passos, vestidos e fotografias...
Quem nunca encontrou ou por alguém esperou em uma esquina??

Sabores




Nesta noite eu escrevo para aplacar a dor de sentir
ainda o gosto daquele verão,
de calores e sabores brincando nos campos ensolarados...
o que está aqui hoje são apenas lapsos
de uma felicidade inventada na boca da tarde quente,
na noite de suores e corpos molhados de amor!!
um tempo sem relógio que não existiu...
não tenho certeza se foi real ou brincadeira
de uma deusa levada!!!

Percurso




 


Aninha-te na imensidão do deserto de amar
recria-te nos beijos desejados e nunca dados...
não permita-te morrer sem sentir a beleza do mundo...
ouça os passos daquela que procura-te perdida...
sonhe um dia acordar e encontrar aqueles olhos há tempos fechados...
viva....
cuida do teu caminho semeando possibilidades...
deixe que as flores o enfeitem para que as borboletas façam dele sua morada...
junte as pedras e construa uma ponte
ao fim dela... eu estarei..