terça-feira, 17 de setembro de 2013

No tempo











Hoje eu estou com uma vontade de tocar os sinos,
Os órgãos das catedrais
E a flauta mágica...
Tudo no mesmo compasso das batidas do meu coração...
Hoje eu queria nascer e também visitar os cemitérios...
Mirar o meu amor que se foi
Mas imortal no retrato...
Hoje eu queria envelhecer
Na certeza de que ganhei as estradas do tempo...
Queria por um momento ouvir o som dos passos incertos que dei na vida
Hoje eu queria ter um filho...
E poder mergulhar na minha essência...
Queria tocar as nuvens turvas da dúvida...
Fazer a minha cama na floresta
E esperar a mística natureza me envolver...
Mas hoje eu só poderei encontrar uma saída
Ao deixar meus pensamentos dançarem loucos...
Sacudindo com eles o íntimo do meu ser...
Aonde habitam todas as criaturas guardiãs
do baú com o amor que renasce.



sexta-feira, 13 de setembro de 2013

De invisíveis traços são feitos os seus sentimentos...
Não há noite nem dia
Ou alvorecer de uma era...
Está tão pálida a sua essência...
Perdeu-se no seu mundo de encantamentos...
Apaixonou-se pelo inexistente...
Feito raízes de fumaça é a sua presença
De tão linda, enfeitiçou a natureza...
Agora, encontra-se presa a um martírio perpétuo
De dançar todos os cantos
E embriagar-se com todas as belezas

Que não mudou os seus traços e nem clareou os seus fúnebres olhos...