quinta-feira, 28 de abril de 2011

Dia de Sol


Em um dia de sol

Um sorriso me encontrou.

Luz divina se fez presente

Irradiando a relva da minha alma.

Naquele instante passeei por campos floridos

Gente caminhando nos corredores, nas praças.

Um sonho nasceu daqueles raios solares

Que iluminavam minha pele branca.

Daquele sorriso de outrora

Nunca soube o que era.

Mas descobri que vinha dos campos de girassóis

Do orvalho das plantas nos tempos de aurora;

Do vento, quando beija as faces e desarruma cabelos.

O destino daquele sorriso era o infinito;

Uma busca contínua pelas vidas perdidas.

Um sorriso em um dia de sol,

Agora é uma eterna lembrança

Que alimenta sonhos de um futuro

Ansioso por chegar

E fazer de meu peito

Sua eterna morada.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Um destino

Quando andei por ruas incertas em companhia do vento...

Olhava o céu, contemplando o azul daqueles olhos...

Vi um vulto! Era o sonho... Nos braços dele, vivi você

Sabias que te amava, mas fostes embora com a brisa da tarde...

Fiquei em um ponto do caminho com o corpo parado

A única voz que escutava era a melodia da solidão

Meus cabelos lavavam o meu rosto.

Não havia destino para mim. Não havia lugar certo

Tudo o que pairava diante dos meus olhos, era vazio...

Folhas, rochas, flores... Eram cinza e frias.

O vento murmurou palavras penosas em meu ouvido...

Meu ventre contraiu a dor da ausência...

Jaziam sombras pelo caminho...

Túmulos selados onde o amor habitava...

O assobio de um pássaro nefário me lembrou

Que eu nada importava para o mundo...

Que meu destino era como uma pedrinha no longo caminho...

Pedra pequena incapaz de fazer barulho, se atirada a uma janela de vidro...

Tantas pedras... tantos destinos...

Que se perderam por caminhos turvos...

Gotas

Eram macias as gotas da chuva

Suave eram as feições do rosto daquele que surgia das névoas.

A brisa batia leve sobre cabelos.

Escorriam pelos corpos quentes pingos indecentes de chuva,

Que penetravam nas profundezas dos desejos saltitantes nas mentes.

O despertar da vontade naqueles corações...

O vento soprava canções trovadorescas!

A cor da pele da moça que passava refletia o desejo da lua de aparecer.

Os astros queriam penetrar nos devaneios brotados com gotas de chuva.

Dois destinos entrelaçados pelas mãos

Caminhando agora até a aurora dos tempos vindouros.

Desejos molhados nas bocas puras

Solidão acompanhada por rosas encharcadas.