domingo, 26 de junho de 2016




Ela atravessou o cair da madrugada fresca naqueles dias de horas vazias...
Uma imensidão do nada. Passos pequenos e vontades intermináveis.
No corpo, uma pulsação de pecados envenenando o sangue...
As tardes eram como algodões, mortalmente macias, sem jeito...
Ajeitava-se como podia naquela horda de sentimentos ainda vivos...
Na casa, não se podia vê-la em espaço algum, mas estava lá!
Sombria e intensa como são todas as criaturas misteriosas que transitam entre os mundos...
Andava por um caminho tão desconhecido...
Estava terrivelmente viva, até o fim!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Chove



A chuva está no horizonte

É hora de voltar para casa...

Você houve o que eu digo?

A chuva chegou...

Voltaremos para casa...

Nossa casa de esperanças...

Busque as crianças

A chuva está a caminho

Vamos voltar para casa...

Hoje poderemos tocar o céu...

A terra estará molhada...

Pegue o seu coração despedaçado

Voltemos para casa...!

sábado, 23 de abril de 2016

Uma vez mais...


Contemplai ó minh’ alma o anoitecer!
Creia que amanhã haverá crepúsculos novos...
Um dançar das cores irá desfilar em minha janela...
Uma vez mais...
Por que vens ó noite, obscura?
Minha razão inebriada ansiou por seu toque profundo e vazio.
E eu me empenho em deitar o meu espírito numa dança sombria...
Uma vez mais...
Rezei ao flagelo impresso nos caminhos densos...
Enquanto o calor se esvai...
E o meu coração, uma ave esvoaçada...
Livremente plana...
 uma vez mais!