quinta-feira, 26 de abril de 2012

Dos meus sonhos...


No espaço inabitado de um mundo escuro eu viajei eternamente..
Encontrei seres estranhos que só existem no íntimo do humano....
Vento e chuva brindavam a minha chegada. Eu só via à frente o horizonte fatal, e corações bombardeados por coisas inúteis.
Cidades sombrias, movimentadas e vazias davam formas ao infinito...
Decidi andar sobre os muros que me separavam do belo jeito de olhar o mundo, pois eu estava seduzida pela paisagem misteriosa... 
A minha frente, um pântano de pensamentos ideais. Eles grudavam e queimavam a pele daquele que ousasse tocá-los. Do outro lado, os braços de um cavaleiro me aguardavam. Parecia Arthur que havia abandonado a távola, mas não era. Era apenas o meu delírio. Olhei bem, agora eu vi. Era Ares em suas múltiplas formas. Deu-me seus lindos braços e levou-me para o seu mundo de guerras...


quarta-feira, 25 de abril de 2012


No muro dos meus sonhos deixei o meu medo...
No espelho do meu quarto aparecia apenas a sua imagem carregada de marcas minhas...
No meu corpo, uma dor insuportável tomou conta das minhas veias, dos meus pecados....
Hoje, luzes viajaram pelo escuro do meu coração como raios de neon
Hoje, a meia noite, me lançarei em teu mundo....
Hoje decido se vou te amar...

terça-feira, 24 de abril de 2012




VENTO

O vento leve bateu em minha janela
Murmurei algo sem saber, sem sentidos
Não estava esperando nada, nada havia me encontrado
Mas de assalto aquele assombro subiu-me a espinha
Queria ver pintado em sete cores azuis o vento
Malino! Malino! Volta a me envolver
Teu torvelinho de cuidados na casa amada, não soube reconhecer tua voz.
Vento leve bateu em minha janela.
Retirou minha alma do repouso absurdo
Não suportei tua voz
Doeu no meu peito. Cortou-me como espada.
Quero voltar e tocar teus dedos
Mas onde estás?
Não vejo nem teus cabelos negros que outrora envolviam-me como suspiros lamuriosos da paixão.
Não ficarei mais aqui...
Prisão da vida solta-me de tuas grades
Quero correr no campo sem fim
E seguir as lamurias do vento
Lembranças me vêm à mente
Sussurros exaltam dos meus lábios
Quero correr e saltar ao encontro do colo daquele que soprou em minha janela
Foi culpa do feixe de luz!

R.F. de Oliveira
Maio de 2010

Quando eu penso no que vou escrever eu me pergunto: de que me serve a escrita? o que farei com as palavras? quem se importa com elas? Passo então a imaginar um papel em branco cheio de linhas ansiosas para serem preenchidas....
Mas, o que vejo nesse papel são rostos de pessoas que nem sei quem são e nem o que querem.... desisto da escrita.... desisto da caneta. Pego uma música e tento cantá-la, mas ninguém me ouve... volto, olho o papel e vejo que aqueles rostos estão rindo porque ainda sou apenas uma criança que habita o mundo das fantasias....

sexta-feira, 20 de abril de 2012







Vivas à poesia!!
à mágica do amanhecer....
do passar das horas
o tic tac do relógio
Vivas aos anos que se foram!
que deixaram suas marcas nos cabelos,
na pele, na sabedoria....
Vivas à amizade que durou!
mas que se foi
ao amor que não ficou
aos sonhos que não tive.
Vivas às coisas impossíveis!
mas sentidas
os beijos não dados nem recebidos
ao caminho que não escolhi.
Vivas para ela, a eternidade!
que agora me cobre com seu manto brilhante....