quarta-feira, 20 de maio de 2015

Parca Poesia



Uma chuva que cai
Um peito que rasga.
Um amor que se esvai..
Numa noite fria, nada além daquela parca poesia...
Pouca coisa restou...
 apenas um gole de conhaque em uma garrafa velha...
Teias de aranha pela casa, assentos empoeirados.
E um livro...
Nele, apenas uma parca poesia...
Nesse instante somente essa companhia.
Ler aquela pequena e rasa poesia.
E despertar a incrível habilidade de criar...
Criei fantasmas, monstros e príncipes...
reinos, castelos, cidades e campos...
Criei deuses...
E dei adeus...
Tudo se foi...

sábado, 4 de abril de 2015

Recomeço





Hoje eu procurei aquele sentimento que me apertava o peito...
Tentei encontrar a angústia de amar-te e esperar-te...
Eu queria sentir mais uma vez aquela dor da ausência,
Mas não a encontrei...
Fiquei pensando em quais memórias tuas permaneceriam vivas...
Se a de beijos, se a de lágrimas...
Se.... se nenhuma...
Pela janela eu vi se desfazer a imagem tua
Que compus com notas de vontade...
Permaneceu aqui o meu espírito inspirador
E me restou tomar o meu café.