VENTO
O
vento leve bateu em minha janela
Murmurei
algo sem saber, sem sentidos
Não
estava esperando nada, nada havia me encontrado
Mas
de
assalto
aquele
assombro
subiu-me
a
espinha
Queria
ver pintado em sete cores azuis o vento
Malino!
Malino! Volta a me envolver
Teu
torvelinho
de
cuidados
na
casa
amada,
não
soube
reconhecer
tua
voz.
Vento
leve
bateu
em
minha
janela.
Retirou
minha alma do repouso absurdo
Não
suportei tua voz
Doeu
no meu peito. Cortou-me como espada.
Quero
voltar
e
tocar
teus
dedos
Mas
onde
estás?
Não
vejo
nem
teus
cabelos
negros
que
outrora
envolviam-me
como
suspiros
lamuriosos
da
paixão.
Não
ficarei mais aqui...
Prisão
da vida solta-me de tuas grades
Quero
correr no campo sem fim
E
seguir as lamurias do vento
Lembranças
me
vêm
à
mente
Sussurros
exaltam
dos
meus
lábios
Quero
correr e saltar ao encontro do colo daquele que soprou em minha
janela
Foi
culpa do feixe de luz!
R.F.
de Oliveira
Maio
de 2010
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