terça-feira, 24 de abril de 2012




VENTO

O vento leve bateu em minha janela
Murmurei algo sem saber, sem sentidos
Não estava esperando nada, nada havia me encontrado
Mas de assalto aquele assombro subiu-me a espinha
Queria ver pintado em sete cores azuis o vento
Malino! Malino! Volta a me envolver
Teu torvelinho de cuidados na casa amada, não soube reconhecer tua voz.
Vento leve bateu em minha janela.
Retirou minha alma do repouso absurdo
Não suportei tua voz
Doeu no meu peito. Cortou-me como espada.
Quero voltar e tocar teus dedos
Mas onde estás?
Não vejo nem teus cabelos negros que outrora envolviam-me como suspiros lamuriosos da paixão.
Não ficarei mais aqui...
Prisão da vida solta-me de tuas grades
Quero correr no campo sem fim
E seguir as lamurias do vento
Lembranças me vêm à mente
Sussurros exaltam dos meus lábios
Quero correr e saltar ao encontro do colo daquele que soprou em minha janela
Foi culpa do feixe de luz!

R.F. de Oliveira
Maio de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário