quinta-feira, 4 de outubro de 2012

em busca







À beira do lago encantado esperei...
 pelo desabrochar das rosas...
pela maciez das gotas da chuva
pelo toque das mãos imaginárias...

À beira do precipício eu quis...
saltar sem asas...
encontrar o colo...
do anjo humano.

À beira da estrada eu andei...
para encontrar os caminhos de luz...
chegar ao jardim suspenso...
colher flores e plantar sementes...

À beira do mar eu vi...
o brilho do amor da lua
um homem perdido
e sereias sem vozes...

À beira da minha cama eu desejei
mãos quentes...
sonhos profundos...
e calor sem limites..

Ao contar o tempo eu busquei
ouvir os passos...
rir sem alegria...
desenhar sem saber...


Ao descobrir a vida tentei
reencontros não marcados...
prazeres negados...
pintar quadros de artistas consagrados...

Mas eu queria apenas...
cantar sem voz
abrir portas
escancarar janelas...
usar uma coroa mágica
e imitiar um palhaço!









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