domingo, 21 de outubro de 2012

Do que vejo...


 


Parada, imóvel, nula...
um instante sem ar...
a busca terrível acaba
vazio o ninho está...
quieta, sem luz, transparente...
na aurora o borbulhar
de folhas de árvores inocentes...
não querem mais brincar...
pecou, secou, acendeu...
chamas de inferno...
grades que prenderam
um pássaro passou
mãs não assobiou...
sem pés, chão, espelho...
glórias não há!
o destino..
o mais quente do desejo...
no gelo fez fecundar...
o moço sem juventude
nunca mais veio
para minhas noites encantar...
distante, fria e linda...
nunca mais quis acordar...

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