sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Nostalgia




Tarde nostálgica que cai.
Só vejo no horizonte sinais de trovoada...
debruço-me sobre a janela
sonhando encontrar cores nas ruas...
mas os caminhos escureceram 
a minha face está iluminada pelos relâmpagos que chegam...
não sei porque. Agora estou com medo...
é uma canção de amor que chega com a chuva...
mas tão rápido passará...
nem terei tempo de cantá-la...
que coração turvo! Ele está como o céu:
escuro..
Aqui, prostrada na janela
cantando uma canção que não sai...
vejo que os trovões são como pessoas
zangadas por suas vidas...
e eu pensando em tudo isso...
não tão feliz, penso coisas cheias de calor...
creio que hoje não sei como é a luz do sol...
agora tudo se desfaz...
desmanchou-se com a enxurrada
que lava sujeiras humanas...
a luz do sol não sabe o que fez
deixando-me aqui com esse turvo olhar.

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