quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tantos Sertões




Sertões de Zezinhos
com seus chapéus de palha
encantando os pássaros e inspirando poesias...
embalando com os seus assobios os corações das moças...
que por eles esperam nas curvas das estradas
repletas de poeiras e vidas...
Sertões de Marias...
xique e xique e mandacaru
potes de barro na cabeça e madrugadas a esperar
nas cacimbas as gotas d'água...
de notinha com seus Zezinhos....
as Marias se aquecem
à luz do lampião...
tendo como companhia
o céu iluminado de felicidade
e a melodia da orquestra formada por sapos e grilos...
De manhã ao levantarem, Marias e Zezinhos
revivem sua fé em Padim Cícero, Frei Damião e Luiz Gonzaga...
São humildes, mas deixam enamorados os mais perfeitos poetas...
O sertão deles não necessita de artistas,
ele é a arte mais bela....
Quem o conhecer, nunca o deixará de amar!

2 comentários:

  1. É essa simplicidade com que você escreve e descreve (e muito bem) o sertão que me faz lembrar dos muitos momentos de pé no chão, sentindo o solo rachado sob as solas, confrontando com as veredas verdejantes como oásis num deserto e do contato mais do que prazeroso com as pessoas que ali vivem, tantos mundos numa mesma realidade, tanta dificuldade, tantas perdas, mas sempre olhares alegres e um acolhimento peculiar, daqueles que nos fazem sentir quidos, aquecidos, humanos!!!!!!!

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  2. São essas imagens que faz tão belo o sertão...

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