domingo, 21 de abril de 2013

fósforo






Nos acordes do tempo eu grito uma canção de amor solitário...
É! não tenho pena de quem nada tem para compartilhar
quando há tanta riqueza debaixo do sol...
ah! não há com quem partilhar...
partilha a alegria de viver e morrer a cada dia contigo...
dê a ti o melhor vinho, a melhor roupa, o melhor beijo, a mais profunda carícia...
se não tem dinheiro, sonhe e invente...
olhe o céu, sorria profundamente e um anjo te tocará..
Porque o amor é como um palito de fósforo, mas que nunca se acenderá sozinho...
Para alcançar o seu fim, o palito necessitará de ajuda: oxigênio ou outra chama...
é na busca implacável pelo oxigênio que ao tentar acender um único palito causamos a combustão da caixa toda e certamente um desastre que nos põe diante do início de tudo...
por isso é necessário cantar uma música engasgada, mesmo sem plateia
caminhar sem destino certo...
rir sem motivo,
chorar...
sentir dor, medo e frio...
sentir calor!!!
É preciso amar talvez não alguém, mas amar por amar...
assim, o palito de fósforo se tornará uma chama
capaz de iluminar os caminhos e os corações sombrios
de uma vida solitária
de um mundo tórrido
e de sentimentos gélidos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário