Nos acordes do tempo eu grito uma canção de amor solitário...
É! não tenho pena de
quem nada tem para compartilhar
quando há tanta
riqueza debaixo do sol...
ah! não há com quem
partilhar...
partilha a alegria de
viver e morrer a cada dia contigo...
dê a ti o melhor
vinho, a melhor roupa, o melhor beijo, a mais profunda carícia...
se não tem dinheiro,
sonhe e invente...
olhe o céu, sorria
profundamente e um anjo te tocará..
Porque o amor é como
um palito de fósforo, mas que nunca se acenderá sozinho...
Para alcançar o seu
fim, o palito necessitará de ajuda: oxigênio ou outra chama...
é na busca implacável
pelo oxigênio que ao tentar acender um único palito causamos a
combustão da caixa toda e certamente um desastre que nos põe diante
do início de tudo...
por isso é necessário cantar uma música engasgada, mesmo sem plateia
caminhar sem destino
certo...
rir sem motivo,
chorar...
sentir dor, medo e
frio...
sentir calor!!!
É preciso amar talvez
não alguém, mas amar por amar...
assim, o palito de fósforo se tornará uma chama
capaz de iluminar os
caminhos e os corações sombrios
de uma vida
solitária
de um mundo tórrido
e de sentimentos
gélidos...
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