Meu sertão....
de cantos e encantos...
da moda de viola...
do cantar do sabiá...
aqui, aonde vive o
sertanejo
de brilho nos olhos
e coração valente!
Que no gole da cabaça
sacia a sua sede...
sede de ver o sertão
florido
os mandacarus
felizes...
o sofrê pintando de
vermelho intenso o azul do céu.
sede de ver a casa
cheia
de sementes, fogo,
calor humano
e certezas...
No meu sertão...
repleto de bondades,
esperanças...
As histórias de minha
avó...
iluminavam os meus
sonhos...
na terra árida...
No meu sertão...
cantar é viver...
é dançar de pés
descalços na poeria
e na chuva,
que quando chega
traz vida e alegria!
No meu sertão
o sol é claro e forte...
parece o sertanejo,
que
com bondade nas mãos e nas faces
enfrenta com humildade
o seu destino...
ser como o sertão:
encantado e resistente...
No meu sertão
viveu Virgulino,
Gonzaga, Maria, Ana...
e hoje vive quem queira
se achegar,
entrar e se saciar com
um gole de café...
Meu sertão
de zabumbas, pífanos e
acordeons...
a assobiarem as mais lindas
melodias...
que enamoram moços e
moças...
e fazem mais quentes as
noites de São João...
Meu sertão...
se um dia eu me for
daqui...
não irei me esquecer
de que, como as plantas
dessa terra,
tenho raízes,
que fincadas serão
o meu sertão...
Belíssima... esse, dentre tantos outros sertões, também é o meu, se me permite compartilhá-lo...
ResponderExcluirde todos os que viveram ou ainda vivem no sertão... pode compartilhar sim
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