quinta-feira, 9 de maio de 2013

Primeira síntese




A alma feminina é por natureza selvagem...
e todas as fêmeas se assemelham...
há nas mulheres comportamentos bem parecidos aos de fêmeas de outras espécies...
algumas, apenas suprimem essas qualidades,
sim, são qualidades, a selvageria, a defesa, o ataque, o bote, o ninho...
O mundo (homem) na qual estamos inseridas, nos modelou para frearmos ou negarmos esses comportamentos...
nascemos condicionadas pela razão, disfarçada nas mais variadas catequeses a nós submetidas
e assim, nossa alma selvagem vira sonho, lembranças que não sabemos de onde provém e por fim, torna-se apenas poeira misturada ao resto do universo que nos modelou...
No entanto, basta-nos observar o nosso corpo...
ele é a síntese de tudo o que somos: encantamento, prazer, a casa, o ninho; todos os reflexos da natureza...
e o corpo é capaz de manifestar a nossa alma selvagem, quando decidimos retornar a nossa condição primitiva...
Não foi por acaso que o feminino varou a história em condições tão díspares: deusas e bruxas
adoradas e temidas, divina e demoníaca, esposa de deus e amante do diabo...
Essas leituras não são nada mais do que, o entendimento do mundo (homem), sobre a manifestação do espírito natural feminino...
espíritos da natureza...
E isso levou a mulher a ser identificada como tendo ou quatro patas (loba, leoa)
ou nenhuma pata (a serpente)...
A mulher contemporânea, por todas essas razões, se afastou da divina e queimou a sua alma selvagem...
A partir de então, ela passou a se identificar com o seu predador, como parte dele, tornando-se sua cativa!.





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