A alma feminina é por
natureza selvagem...
e todas as fêmeas se
assemelham...
há nas mulheres
comportamentos bem parecidos aos de fêmeas de outras espécies...
algumas, apenas
suprimem essas qualidades,
sim, são qualidades, a
selvageria, a defesa, o ataque, o bote, o ninho...
O mundo (homem) na qual
estamos inseridas, nos modelou para frearmos ou negarmos esses
comportamentos...
nascemos condicionadas
pela razão, disfarçada nas mais variadas catequeses a nós
submetidas
e assim, nossa alma
selvagem vira sonho, lembranças que não sabemos de onde provém e
por fim, torna-se apenas poeira misturada ao resto do universo que
nos modelou...
No entanto, basta-nos
observar o nosso corpo...
ele é a síntese de
tudo o que somos: encantamento, prazer, a casa, o ninho; todos os
reflexos da natureza...
e o corpo é capaz de
manifestar a nossa alma selvagem, quando decidimos retornar a nossa
condição primitiva...
Não foi por acaso que
o feminino varou a história em condições tão díspares: deusas e
bruxas
adoradas e temidas,
divina e demoníaca, esposa de deus e amante do diabo...
Essas leituras não são
nada mais do que, o entendimento do mundo (homem), sobre a
manifestação do espírito natural feminino...
espíritos da
natureza...
E isso levou a mulher a
ser identificada como tendo ou quatro patas (loba, leoa)
ou nenhuma pata (a
serpente)...
A mulher contemporânea,
por todas essas razões, se afastou da divina e queimou a sua alma
selvagem...
A partir de então, ela
passou a se identificar com o seu predador, como parte dele,
tornando-se sua cativa!.
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